27.12.07

Reflexões de 2007

Quando penso no ano de 2007, a expressão que vem à minha cabeça é "altos e baixos". Tanta coisa aconteceu, tantas mudanças - muitas delas bruscas - e nem sempre a gente cavou essas mudanças.

Por exemplo: começamos o ano com um sócio na TV, numa situação que não era a ideal. Com esperanças de rolar um trabalho grande. Nada. Depois, ladeira a baixo com outra sociedade natimorta. Depois acaba-se tudo, inclusive a dívida (ufaaaa). Só sobra mesmo a esperança. Daí aparece a palavra mágica: parceria! Duas de uma vez... E vamos nós, ladeira acima, melhor do que nunca. Agora acabamos o ano planejando transmitir o Carnaval de Salvador para o Brasil inteiro e para a internet! De dentro do camarote do Asa de Águia, com exclusividade!!! Nem nas minhas melhores fantasias, haha.

(Se liga, porque vai rolar na TVLocal36, no site www.tvlocal36.com.br, no site do Asa e na Rede NGT. Não perca! Outras informações em breve.)

Sem falar que termino o ano com o maior buchão, né? Caio, a coisa mais complexa que eu já fiz na vida. O maior de todos os desafios. Mas eu adoro desafios, tô louca pra ver a cara do meu bebê. Quero que seja a melhor coisa que eu faça na vida.

Pra quem tá fazendo as contas, no dia 5 de fevereiro, terça-feira de Carnaval, Caio e eu estaremos com 27 semanas, cerca de 6 meses.

Bem, vou vou pegar a lista de resoluções que fiz pra esse ano (post "Resoluções de fim de ano") e fazer um balanço:

Descobrir e eliminar qualquer preconceito que ainda exista na minha mente;
Isso já estou conseguindo, graças a Deus.
Experimentar novos sabores, situações, desafios;
Desafios? Brincadeira, né? Experimentei alguns novos sabores e situações, mas nem tanto.
Aprender novas coisas: modelagem e animação em 3D, falar inglês com um pouco de fluência, controlar minha voz;
O inglês eu fui bem, mas tive que parar. Tenho um pouco mais de fluência do que eu tinha. O 3D e a voz, nada.
Fazer cirurgia de correção de miopia;
Nada. Mas fico tranquila, porque está estabilizada.
Pensar sério na possibilidade de ter um filho em 2008;
Hahaha. Estou pensando sério, muito sério, hahaha. No mês de maio, inclusive.
Perdoar, ou pelo menos aprender a;
Esse é difícil, mas é um exercício contínuo. Dudu me ajuda muito, me faz refletir. Estou aprendendo.
Beijar ainda mais na boca e falar ainda mais eu te amo;
Tenho falado muito mais eu te amo. Mas quero beijar na boca muitíssimo mais... Du, já te disse que te amo hoje?
Comprar um computador, um celular e roupas;
Não comprei computador. Ganhei um Livre e roupas.
Voltar a malhar e malhar o ano todo;
Ai que vontade, que saudade. Não malhei nada...
Passar mais tempo com minha mãe, meu pai, minha sobrinha, irmã, etc;
Desse eu não abri mão. Só uma correção: sobrinhas... E ainda estreitei contato com primas e etc.
Tirar mais fotos;
Tirei. Muitas. O problema é que era pra ser fotos minhas. Quase não fiz fotos minhas esse ano.
Tentar me livrar do medo, neuras e inseguranças;
Acho que estou mais segura e com menos neuras. Mas os medos ainda persistem.
Viajar a passeio;
Viajei. No reveillon. O resto foi a trabalho. O bom é que eu me divirto mesmo assim, principalmente se for pela TVLocal36.
Sonhar e ter esperanças, sempre.
Ah! Esse é o melhor de todos, acho que é o que eu mais faço. E quando só sobra a esperança - está provado - é o suficiente.
Tudo isso, fora tocar a TVLocal36, resistir às químicas no cabelo, etc, etc, etc.
Teve uma hora que eu achei que não conseguiria cumprir esse. Achei mesmo que o sonho iria acabar. Mas a TVLocal36 está aí: firme e forte, graças a Deus. Mais forte e mais firme do que o meu cabelo, que não viu química esse ano e nem verá nunca mais.

Depois volto aqui e faço a lista de 2008.

7.12.07

Palavras


Descarademente copiada do blog http://caralhaquatro.blogspot.com depois de chorar de rir...

29.11.07

Os blogs estão mudando o mundo

Participei de um seminário outro dia, com os palestrantes Marcos Palácios e Alex Primo: "Navegando nos mares da interatividade". Lógico que eu adorei participar, por diversos motivos - estudei interatividade na monografia da pós; trabalho numa TV (www.tvlocal36.com.br) que transmite toda sua programação ao vivo para internet; tenho um blog; sou jornalista, etc.

O interessante foi perceber como os blogs estão mudando o mundo. Sem exagero. Em que outro período da história tanta gente teve o poder de expressar suas idéias e opiniões sem atravessadores? Ao longo de toda a história da humanidade um falava e os outros ouviam. Depois um escrevia e os outros liam. Depois um transmitia e o resto recebia. Agora todo mundo fala o que bem entender, e fala pra todo mundo!

Eu acho isso maravilhoso. Como diz o rapaz de um filme que vi recentemente, "estamos vendo a história acontecer". Mas há dois "poréns". O primeiro é saber o que faremos nós com tanta informação. Precisamos de tanta informação? É bom lermos direto da fonte, conhecer o modo de vida das pessoas, ter acesso ao que é necessário, sem que nos digam o que podemos ou não conhecer. Desde que cuidemos para que o excesso de estímulo não derreta nosso cérebro (aqui você ouve uma risada de bruxa e se sente num filme de ficção científica futurista em que todos nós somos bitolados e infelizes).

O segundo "porém" diz respeito à classe e à profissão de jornalista. Senti que alguns de meus colegas presentes (o seminário foi na FTC Salvador) manifestaram insegurança quanto à manutenção de seus status no "nosso belo quadro social". Afinal, quem precisa de jornalista quando se pode ir direto no blog ou no site e obter a informação? Mesmo que seja um acidente, há sempre o portador de um celular com câmera e um titular de blog presentes.

Aí eu penso: qual é a função de um jornalista? O que eu tenho de diferente das outras pessoas que vêem o mesmo fato acontecendo? A minha diferença profissional deve ser a capacidade de entender as entrelinhas, interpretar com responsabilidade e transmitir com fidelidade. O jornalismo produz conhecimento porque organiza a informação em sua forma de discurso. Conhecimento é a informação organizada. O jornalista precisa contextualizar, criticar buscar outras nuances que não a informação oficial. Eu, jornalista, tenho que assumir essa responsabilidade. Eu, titular de blog, posso fazer isso ou não. Posso simplesmente dizer o que eu acho e acabou, oras.

Por isso vejo, em lugar do aumento da concorrência profissional, o aumento do campo de trabalho profissional. Por mais que blogueiros tenham tino jornalístico e "jornalistas" sejam simples blogueiros. O que diferencia as pessoas não é saber usar as ferramentas, é saber usar bem, é o talento e o conhecimento. Espero somente que no final do filme de ficção científica futurista nós, público, aprendamos enfim a consumir a informação.

Ps.: Para quem quiser saber mais sobre Marcos Palácios o blog é www.gjol.blogspot.com
O de Alex Primo é www.alexprimo.com

12.11.07

Caio




É a segunda foto do meu bebê. Mas é a primeira depois de saber que será Caio!

A ficha está começando a cair agora. Porque não senti enjôo, nem excesso de saliva, essas coisa nojentas de mulher grávida, que deixam as coisas definidas. Só sinto sono. E, agora, dor de cabeça - forte e constante. Mas que fique claro: Não estou reclamando, só relatando.

Meu filho será Caio, que significa Alegre, Feliz, Contente. Vai pegar as primas todas. Ele já nasce com 5 na lista: Duda, Helô, Rebeca, Fabrine e Pâmela. Fora Camila (de Jôse) e Ana Júlia (de Iara), que estão em 2º grau - mas não em 2º plano, né mamãe?

Ainda acho diferente falar "mamãe". Tenho medo de falar "titia", como falo com as sobrinhas todas. Mas, agora, a ficha vai cair. Caio está chegando!

31.10.07

O amor é um Chokito

Aí você chega da rua, cansada, depois de passar boa parte da tarde num Sol de lascar. Entra na sua sala e encontra um Chokito em cima da sua mesa. O que é isso?? Isso é um eloqüente "eu te amo". Ele ecoa e merece muito, muito mesmo, ser retribuído.

Às vezes, nem precisa um jantar à luz de velas num restaurante hollywoodiano. Nem lágrimas e promessas de amor eterno. Às vezes basta um Chokito em cima da mesa pra você se sentir amada. E feliz!!


Também te amo, Du!

13.10.07

Milagres

Sentada em minha cama, no feriado prolongado, com o costumeiro sono que tenho sentido o dia inteiro. Fiquei olhando o movimento suave da persiana por causa da janela aberta. E percebi como a vida é feita de pequenos milagres. Viajei?

Explico. Você sabe tanto quanto eu que o vento é o ar em movimento. Mas o fato de um fenômeno natural suscitar sentimentos nas pessoas, isso é um milagre. A temperatura do ar se eleva, fazendo a massa mudar de lugar e o cérebro humano faz arte com isso. Esse é o milagre.

Quantas vezes você ficou um pouco mais feliz por sentir uma brisa no rosto? Alguma vez já pediu ao vento para levar um recado a alguém? Já ouviu uma música linda que falasse sobre o vento? Eu já fiquei observando o movimento das persianas e viajando...

Meu irmão tem um canário. O bicho é bem menor que a minha mão. Ele está cantando agora. Muito alto e por muito mais tempo do que eu poderia sonhar em fazer, mesmo tendo pulmões dezenas de vezes maiores do que ele. Se você já ouviu um canário, sabe como é lindo. Talvez me diga que aquilo é instinto e bicho não faz arte, lógico. Mas não é um milagre a potência do canto e a admiração que provoca em mim?

Eu nunca presenciei um milagre desses que a gente procura. Uma cura impossível. Eu ganhar na Mega Sena. Nunca. Mas meu vô tem 86 anos, esqueceu a chave de casa e pulou o muro para entrar. Meu amigo, isso é um milagre!

Você faz uma brincadeira de apertar o nariz de uma criança e dizer "fom-fom" e ela repete isso com todo o mundo, mesmo sem saber nem falar ainda. Isso é um milagre. Essa capacidade de aprender sempre e sempre, tão pequenininha ainda.

A melancolia que te enxarca com a chuva. A esperança. Buscar o significado de um sonho. Um embrião aumentar 50 vezes o próprio peso em uma semana. Ter menos de 3 centímetros, já ter nome sem ter sexo aparente, e mudar a vida de dezenas de pessoas. A inspiração. O sorriso que surge com o cheiro de chiclete dentro da bolsa. O passarinho que continua cantando. O vento. O pensamento que viaja com o vento e se transforma em palavras. Amizade. Saudade. Carinho. O sono...

5.10.07

A mulherada

Esse não vai virar um blog sobre gravidez. Mas como escrevo aqui o que me dá na telha...

Tenho percebido como as mulheres ficam diferentes em relação a uma grávida. Principalmente do primeiro filho. Porque na maioria das vezes as mulheres são só cordiais umas com as outras. A não ser que seja sua melhor amiga ou irmã, é só cordialidade, no máximo. Às vezes, nem isso.

Mulher não tem aquela amizade corporativa que homem tem. É quase uma competição. Ou pode ser completa e irrestrita competição. Meio estranho dizer isso, mas é. Eis a única coisa que eu invejo dos homens: o espírito de corporativismo de gênero.

Pois me surpreendi com a mudança de comportamento da mulherada em geral à minha volta. Um exemplo: Perguntei a um professora de Nutrição (gente boa) quanto seria para montar uma dieta balanceada para uma pessoa. Ela me olhou, de cima a baixo e disse: "Você está muito vaidosa!". E eu: "Não, professora, eu estou grávida!". "Oohhh! Que lindoooo! Parabéns!! Tá de quanto tempo?? Tem que comer bastante fruta, viu? Cortou refrigerante? Ótimo!! Vou destacar uma estagiária para te acompanhar por todo o período e eu vou supervisioná-la! Beba bastante água! Saia desse cheiro de tinta... etc... etc..." Achei massa. E a mulherada vai toda no mesmo estilo.

Ana Paula (essa é amiga, mais do que cordialidade) acha que essa mudança de comportamento feminino se deve ao fato de a mulher pensar: "Grávida? Tá fora do páreo!". Achei engraçado, mas não deixa de ter um fundo de verdade. Penso que é um idéia inconsciente, instintiva.

Por falar em instinto, a minha teoria sobre essa mudança é mais antiga. Acho que a mulher ainda conserva o instinto de fêmea que quer preservar a espécie, e sabe que a outra vai precisar de ajuda na missão. Da época das cavernas mesmo. Pelo menos é mais confortável pensar assim.

Ps.: Lembrei de duas piadinhas antigas sobre amizade masculina e feminina.

O cara encontra o outro e cumprimenta: "E aí, viado?? Cê tá feio pra caramba com essa careca aí..." "E você, seu corno? Com essa barriga mole". "Bicha!" "Viadinho!". Aí sai cada um pro seu lado dizendo: "Porra, gosto desse cara pra carai" "Gente boa esse filho da mãe". Aí duas mulheres se encontram: "Oi amiga! Que vestido maravilhosooo, valorizou seus seios!" "Ai amiga, brigada! E esse cabelo lindo??? Que tinta é essa que você usou?". E saem as duas: "Essa vaca tá de olho no meu marido!" "Será que essa perua não se enxerga? Gorda, desse jeito..."

E a outra:

A mulher passou a noite fora e disse pro marido que tinha dormido na casa de uma amiga. O cara ligou para as dez amigas mais chegadas e nenhuma confirmou a história. Aí ele dormiu fora de casa e disse que tinha ficado na casa de um amigo. A mulher, claro, ligou para os dez melhores amigos dele. Descobriu que ele tinha dormido na casa de cinco deles, e que na casa dos outros cinco ele ainda estava dormindo...

25.8.07

Oito décadas e seis anos



Tente imaginar o que significa, tudo que pode acontecer, toda história contida em mais de 8 décadas. Lembre-se da famosa Semana de 22, que você estudou no ensino médio: de lá pra cá são mais de 80 anos. Pois é. Meu avô completa hoje 86 anos.

Por mais velho que você se considere, você consegue imaginar isso? Toda a minha vida, todinha, é só uma partezinha da vida dele.

Há pouco mais de um ano tive uma idéia, planejei e não fiz. Hoje, finalmente, saí com meu avô para almoçar! Fomos comer carneiro, num restaurante, para comemorar os 86 aniversários do meu vô Domingos.

Quando falei com ele que queria levá-lo para comer carneiro num restaurante, ele me disse: "Será que eu ainda presto pra comer em restaurante?" Aí percebi que isso seria uma coisa importante. Algo que seria divertido pra ele, mas que pra mim... Bem, eu não me perdoaria se não fizesse.

Há uma semana a gente marcou. Ele viria até minha casa, e de lá a gente iria para o tal restaurante. Acordei hoje pensando: "Será que ele vai se lembrar?" Pois não só se lembrou, como chegou todo arrumado. Meu vô não é apenas lúcido, apesar dessa idade toda. Seo Domingos é independente. Então fomos - eu, ele e Duda - não sem antes cantar o famoso "Parabéns pra você".

O Asa Branca é um restaurante muito bom: as três gerações aprovaram. Apesar de o pedido demorar um pouco (dizem que a comida é feita na hora), o atendimento compensou. Garçons e gerente cumprimentaram meu vô, conversaram com ele (o que é muito importante para quem tem mais idade: "O rapaz aqui é bom de prosa, né?"). Comemos o Pernil de Cordeiro, com arroz, feijão de corda e salada. Recomendamos. No final, o gerente não cobrou a cerveja que Seo Domingos tomou. Ponto pra eles. (Isso mesmo, meu vô fuma e bebe desde os 14 anos de idade!)

O mais importante de tudo, penso eu, são as lembranças que você guarda da vida. Vou guardar pra sempre, a imagem dele, sorrindo, batendo com a mão aberta na barriga: "Estou satisfeito, graças a Deus!" Espero que este tenha sido um momento agradável pra ele, nestes milhões de momentos que formam 86 anos. E que meu vô esteja aqui por muito mais anos... E que você tenha a oportunidade de passar bons momentos com as pessoas que são importantes para você. Nenhum de nós vai ficar aqui para sempre...

Ps.: Estou escrevendo a história do casamento do meu vô Domingos, com minha vozinha Philomena, de quem tenho 15 anos de saudade. A idéia inicial era fazer um post pra este blog. Mas eu me empolguei e estou no terceiro capítulo... rsss. Vou postar cada um aqui, mas só quando terminar.

Ps.1: Na foto: eu e meu vô Domingos, (lógico), acompanhados da minha irmã, Sheila, a mãe de Duda.

Ps.2: Se quiser conferir, o restaurante Asa Branca fica na rua Presidente Vargas, no bairro Alto Maron, próximo à praça Gerson Sales. Vá com pouca fome, pois até o pedido sair você vai estar no ponto. E a comida é muita.

19.8.07

Viciada

Sempre fiquei pensando como seria ser uma pessoa viciada. Depender de algo e passar por crise de abstinência... Meu pai era viciado em cigarro. Parou na década de 90 e acho que a crise dele dura até hoje. Ansiedade. Pura, simples e intensa. Mas essa é outra história.
Descobri que tenho um vício. Sempre tive, desde que me entendo por gente. Engraçado que tive um estalo, e descobri. Quando escrevi no topo do layout desde blog a palavra vício, não tinha a menor idéia de que estava dizendo a verdade. Acho que foi intuição.
Acontece que estou lendo (eufemismo, estou devorando) o livro "O Caçador de Pipas". É um livro denso, vertiginoso. Mas faço a resenha em breve, prometo. Foi numa pausa que me obriguei a fazer na leitura que eu descobri. Sou viciada em ler.
É sério! Tenho que fazer um esforço enorme para não injetar o livro na veia de uma vez só. Ou melhor, aspirar os capítulos, letra por letra, direto para o cérebro. Exemplo: Saio do banho, de toalha, sento na cama. O livro do meu lado é mais forte do que eu. Quero me vestir, estou com frio. Mas leio uma, duas páginas, só mais um capítulo... É um imenso esforço me obrigar a parar e me vestir.
Foi sempre assim. Lembro de estar varrendo a casa, entrar no quarto e "esquecer do mundo com o livro na mão", como gritava minha mãe. Só que não esquecia do mundo. Pelo contrário. Viajava pelo mundo. Viajo até hoje. Acabei de voltar de Cabul, pouco antes de vir pra essa lan house. Me obriguei a vir, com Bruna, filha de Dudu. Hoje é domingo, "O Caçador..." eu comprei na quarta. E ainda faltam umas duas ou três páginas...Na quinta e na sexta, fiz um grande avanço. Consegui não levá-lo para o trabalho. Eu me conheço: ia atrasar tudo que eu tivesse pra fazer.
Já está decidido: Vou comprar um livro por mês. Porque se comprar um por semana, não faço mais nada da vida.

4.8.07

Uso político, né?


Jornal Nacional, 03 de agosto de 2007. O assunto mais uma vez era o acidente com o avião da TAM, em Congonhas, São Paulo. Mas uma coisa estava diferente dos outros zilhões de reportagens sobre o caso exibidas pela Globo.
O jornal fazia questão de dizer que o conteúdo das caixas-pretas não deveria ser divulgado para que não se fizesse uso político dele. Primeiro, o conteúdo já foi divulgado aos quatro ventos, inclusive pelo próprio JN. E segundo, desde que a primeira imagem do acidente foi gerada, o que se tem feito é uso político do caso.
Todos os jornalistas que eu vi cobrindo o acidente se referiram, logo no início, ao fato de a pista do aeroporto estar molhada como a causa do acidente. "Descaso do governo", era a mensagem. Ninguém tinha certeza de nada, mas ninguém se preocupou com isso. Investigaram, descobriram, julgaram e condenaram em poucas horas ou minutos.
Que fosse culpa do presidente, mas não se pode afirmar categoricamente se isso não for verdade. Não quero defender Lula ou qualquer um que trabalhe com ele. Quero defender a responsabilidade na informação. Quem está sendo visto, ouvido e lido por milhões de pessoas pode simplesmente falar o que acha? Não. Mas a questão é mais embaixo: o interesse que as grandes empresas de comunicação têm no caso. Ou você acha que a identificação do problema com o governo foi mera coincidência?
Nesse ponto eu entendo o cara dos gestos "obcenos". Ponha-se no lugar dele. Um problema grave, de nível nacional, está sendo creditado a você. Você está com a corda no pescoço e de repente descobre que foi precipitação dos que te acusaram e o culpado pode ser outra coisa. O que você faz? Eu faria a mesma coisa. E não seria desrespeito com as famílias. Aliás, outro problema do Brasil é querer procurar culpados em vez de soluções. Que adianta saber quem errou? Adianta saber como não acontecer de novo.
O fato é que divulgaram o conteúdo das caixas-pretas e nada indica que a primeira suposição estava correta. Agora, na hora que o governo podia usar essas informações para dizer que a mídia foi precipitada, eles se apressam em dizer que não se deve fazer uso político das benditas caixas. Foi ridículo. Minha frustração é saber que nem todo mundo tem capacidade crítica para se posicionar, concordando racionalmente ou discordando da mesma forma, em relação ao que vê na TV. Por isso, mais uma vez: responsabilidade na comunicação, pelo amor de Deus!

Ps.: Pensei em colocar a famosa imagem da cauda do avião da TAM para ilustrar este post, mas penso o quanto deve ser difícil, para a família e para os amigos de quem estava no vôo, ficar vendo aquela imagem o tempo todo, em todo lugar. Sensacionalismo também é ridículo e desrespeitoso.

2.8.07

Heloisa


Olha só como anda minha vida: Minha sobrinha nasceu no dia 22 de junho e só hoje pude colocar a foto dela aqui...Heloisa nasceu com 49 centímetros, 3 quilos e 140 gramas. Acho que 140 gramas é só de cabelo... Parece que o cabelo vai continuar liso e escuro.

Sheu tá sofrendo, coitada. O parto foi rápido e, guardando as devidas particularidades, foi relativamente fácil, apesar da dor. Mas agora a fofinha mama tanto, que a minha irmã sente dores. Muitas. Outro dia Helô deu um susto na família toda. Teve um refluxo e engasgou. Ficou roxa e tal... Descobrimos que ela tem refluxo, dor de estômago e azia! É mole?? Tá tomando remédio, tadinha.

Já Duda vem se mostrando tranqüila. Grudada com titia, mas tranqüila. Só tem um nojo de fralda suja...

Aí fico pensando como será quando eu tiver o meu filho. Estou pensando muito nesse assunto ultimamente, e realmente tenho vontade de ter um bebê. Só tenho medo de faltar grana. Meu filho sendo saudável, o resto eu me viro. Uma coisa é certa: pelos menos 15 dias embaixo da asa da minha mãe quando o bebê nascer.

Mas será mesmo que vou ter um filho um dia? Tenho medo de não ter. De não poder, de adiar demais, sei lá... Fico triste pensando nisso. Por enquanto vou curtindo Dudinha e Helô...

16.6.07

O ciúme

"O ciúme lançou sua flecha preta. E se viu ferido justo na garganta".

(Caetano Veloso)

Há muito tempo vinha pensando em escrever sobre o ciúme aqui. Mas ainda não estava preparada para assumir que sinto ciúme numa proporção tal que causa dor física. De verdade. Bem na altura do osso esterno, um pouco abaixo da garganta. É uma dor que parece um aperto e que incomoda sempre que o ciúme lança sua flecha preta. Por isso digo que o ciúme não é algo controlável: você sente ou não sente e pronto. As atitudes que você toma a partir daí é que são perfeitamente controláveis.

Ninguém nunca vai me ver fazendo uma cena de ciúme. Deus me livre! Aliás, quando alguém percebe que estou com ciúme é porque não estou mais conseguindo disfarçar, apesar do esforço. Prefiro sofrer de ciúme quietinha do que admitir, engolindo o orgulho. Meus defeitos...

Do outro lado

Este post na verdade é pra falar de ciúme pelo outro lado. Eu sempre fui alvo de ciúme. Do meu pai, irmã, namorados e, mais recentemente, da minha sobrinha. Do meu pai, o ciúme incomodava como a qualquer menina que passe por isso. Meus amigos tremiam só de ouvir a voz dele. Ele nunca gostou dos meus namorados anteriores a Dudu. Todos tinham defeitos horríveis pra ele. Era um saco.

A minha irmã não admite, mas também sempre encontrou defeitos nos meus namorados, amigas e tal. Agora, morre de ciúmes de mim com a minha sobrinha.

A ciúme de namorado nunca dei muita importância. Era uma namorada meio rebelde. Se eu nunca fiz cena, então não admitia que fizessem pra mim. Tô errada?

Hoje tô tranquila. Dudu é paz e amor. Às vezes percebo um pouco de ciúme nele, mas ele é igual a mim: morre negando.

Agora preciso ter jogo de cintura com minha sobrinha, Duda. Ela quer sentar entre mim e Dudu, quer ficar no meu colo se ele ou outra criança estiver por perto... A atenção tem que ser só dela. Alguém aí sabe como agir, sendo ela uma menina de 5 anos?

Mas veja onde fui me meter: Duda grudada comigo, com ciúme de Dudu. Dudu querendo a atenção que Duda cobra. Sheu se sentido preterida por Duda e por mim. E a outra sobrinha, Rebeca, chega bem na hora. Aff! Vai ser gostosa assim lá em Marrakech.

8.6.07

Ô vida dura!




Você não sabe como é difícil a vida de quem tem internet "comandada" pelo administrador de rede. Não posso entrar em blog nenhum, muito menos pra postar. Não posso entrar no orkut, nem no MSN. Nem sabia que eu precisava tanto disso...

O jeito agora vai ser colocar internet em casa. Já era...

23.5.07

Boto fé nos chicleteiros!

Sabe aqueles clipes de noivos que passam nas recepções dos casamentos, com fotos, vídeos, tal? Pois é, eu edito aqueles clipes. Paciência, dedicação e um tanto de frescurite.
Hoje em dia, ninguém mais suporta trilha sonora de Kenny G, ainda bem. Então a gente usa Elton Jhon, Hotel Califórnia, Tribalistas, etc. O povo adora!

Ainda assim me espantei na semana passada. A música era "100% você", Chiclete com Banana. Sério! Foi escolhida de comum acordo entre os noivos. Ele é de Brasília e chicleteiro assumido. Pelo jeito ela também. Além disso, só sei que têm um poder aquisitivo razoável.

A música tem exatos 4 minutos e 2 segundos, na versão ao vivo (tem outra?). O cara repete a vocalização "Lerê, lerelerelere, lerê" milhares de vezes.

Mas digo que boto fé nos chicleteiros exatamente por isso: eles gostam mesmo e assumem! Quantas pessoas você conhece que curtem Calypso, Psirico, Zezé Di Camargo ou algo assim e não assumem nem que lhes pague? Pois é. Os chicleteiros assumem. Eu, confesso. Na adolescência curtia Raça Negra e até hoje sei algumas músicas deles...

E o clipe fez o maior sucesso na festa. O povo sorriu, chorou, cantou, dançou, aplaudiu. Até a mãe do noivo requebrou na frente do imenso telão que armaram lá. Diz que só se via os bracinhos da velhinha pra cima! Boto fé nos chicleteiros!

14.5.07

Gladiadores

Quando eu assisti ao filme Gladiador, fiquei pasma com o desejo humano de ver o sangue alheio. Como aquelas pessoas podiam se divertir tanto com o sofrimento dos outros? A luta era um espetáculo naquela época, e eu pensei: "Que bom que evoluímos!".

Mas eis que esta semana fomos chamados para gravar o DVD do Conquista Fight 2007. Um ringue, 13 lutas, boxe, muay thai e o MMA (Mixed Martial Arts), mais conhecido como vale tudo. Rodrigo Minotauro não foi, mas Rogério Minotouro estava lá, como ícone. O espetáculo foi no Ginásio de Esportes, que estava lo-ta-do. Entre 3 mil e 5 mil pessoas gritaram, aplaudiram, vaiaram, foram ao delírio.

Tudo bem, eu sei que os lutadores são atletas treinados, estão ali porque querem (ou porque foi a oportunidade que encontraram). Mas o que me espantou foi justamente o mesmo desejo humano de ver o sangue alheio. Cada pessoa naquele ginásio pagou R$ 10 antecipado ou R$ 15 na hora e quando o apresentador perguntava "O que vocês querem ver?" em coro o ginásio respondia "Porrada!".

Não, não é sensibilidade demais. Na apresentação de capoeira, que abriu o evento, o povo, em peso, vaiou os capoeiristas. Só aplaudiu quando alguém errou o gingado e acertou o colega. Na luta de boxe e no muay thay, ninguém se empolgou de verdade. Murros, chutes e técnica não são o bastante.

"Porrada!"

Mas aí começou o esperado vale tudo. Um festival de socos, pontapés, é algo realmente pesado. Invariavelmente a luta vai ao chão e os espectadores, ao delírio. Mas aos gladiadores não é permitido ficar muito tempo sem "Porrada!". O público vaia. Aí um dos lutadores se levanta, e se o outro fica deitado o ginásio vem a baixo: "Pisa! Pisa!" O povo quer e ele pisa. No estômago. Gritos, palmas, assovios, algo próximo à satisfação, um orgasmo. Uma mulher atrás de mim gritava desesperada: "Pisa nele, neguinho! Chuta a cara dele neguinho! Mata, mata ele!"

Paulinho e Buda

Os técnicos dos lutadores comandavam: "Machuca ele, machuca!" Paulinho, mais de 1,80m e forte, muito forte, pegou o Buda e rodou, rodou e jogou fora do ringue. Foi praticamente um terremoto arquibancada a baixo. O carinha que lutou com César "Monstro" Profeta ouviu logo na entrada: "Uh! Vai morrer! Uh! Vai morrer!" Morrer, ele não morreu. Mas apanhou um tanto.



César "Monstro" Profeta

No fim, por mais que o número de supercílios abertos, joelhadas no estômago, socos, pisadas e porrada tenha sido grande, o maior espetáculo de violência veio da arquibancada. No ringue - deixando minha opinião de lado - era esporte. Mas o povo não quer esporte. "O que vocês querem ver? Porrada!".

"Pisa! Pisa!"


Ps.: A mulher atrás de mim só sossegava por alguns segundos, enquanto via coxas e peitorais se apresentando antes de subir ao ringue.
Ps.2: Se você também quer ver "Porrada!", calma. Vai sair o DVD.
Ps.3: As fotos são do site AcheiConquista

2.5.07

Por Marcelo Guedes

Marcelo Guedes é um grande fotógrafo que agora mora e trabalha em Vitória da Conquista. Ele sempre faz isso comigo: registra o meu trabalho nos eventos e a minha cara de satisfação em fazer o que eu gosto. E olha que nesse dia aí eu nem estava tão satisfeita assim, rssss...

Às vezes fico pensando se é normal que uma jornalista profissional goste de filmar, puxar cabo, editar, essas coisas... Fico achando que o normal seria ficar só na frente da câmera, ou no máximo produzindo. Mas eu gosto de tudo isso!! Pelo menos quando é para a antiga e nova TVLocal36, eu curto muito. Queria saber o que os meus colegas pensam disso, de mim.

29.4.07

Sentimentos traduzidos por Raul Seixas*

Como me sinto:
"Eu prefiro ser esta metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo".

O que penso dos outros:
"Gente é tão louca e no entanto tem sempre razão. Quando consegue um dedo, já não serve mais: quer a mão".

Como me senti por um tempo:
"Com muita raça fiz tudo aqui 'sozinho'. Nem um pé de passarinho veio a terra semear. Agora veja, cumpadi, a safadeza: Começou a marvadeza, todo bicho vem prá cá."

Todo dia:
"Coragem, coragem se o que você quer é aquilo que pensa e faz. Coragem, coragem, eu sei que você pode mais",

Uma verdade:
"O prato mais caro do melhor banquete é o que se come: cabeça de gente que pensa..."

Preocupações:
"Dois problemas se misturam: A verdade do Universo e a prestação que vai vencer".

Daqui pra frente:
"Veja: Não diga que a canção está perdida. Tenha em fé em Deus, tenha fé na vida. Tente outra vez. Beba, pois a água viva ainda está na fonte. Você tem dois pés para cruzar a ponte. Nada acabou".


*Raul dos Santos Seixas, baiano, roqueiro, filósofo e, dizem, profeta. Essas e outras tantas músicas me definem. Algumas não. Mas nem Jesus, perfeito, agradou todo mundo. Por falar em Jesus, confie sempre em Papai do Céu. Ele sempre, sempre, sabe o que faz. E quer o melhor pra você.

Listei acima, trechos das seguintes músicas, na ordem:
Metamorfose ambulante;
Gente;
Capim guiné;
Por quem os sinos dobram;
Metrô linha 743;
Eu também vou reclamar;
Tente outra vez.

24.4.07

Fim de festa

A micareta passou. Segundo e terceiro dia, pelo menos in door, foi melhorzinha. A saudade que senti, continua.

Só tá me faltando uma gotinha....

21.4.07

Miconquista

É. Houve um tempo que Conquista tinha Micareta. A coisa tá feia, agora. A Miconquista tá fria.

Mas o que eu sinto saudade mesmo é da TVLocal36. Não tô feliz hoje.

2.4.07

Não sou princesa,sou guerreira


Em março, dia 18, fiz 27 anos. Vixe, 27!! Não tive tempo nem vontade de fazer uma avaliação da minha vida até agora. No dia, estava por aqui de trabalho, como pode ser comprovado pelo post anterior. Mas no dia 26, parei (26 de março é aniversário de Mara, grande amiga. Preciso vê-la mais vezes e por mais tempo. Quando liguei, ela não estava animada, estava pensando na vida).

E eu? Tenho questionado alguns rumos profissionais, coisas que eu queria que estivessem diferentes. Mas não me arrependo de nada que fiz. Queria, deveria e poderia ter mais grana. Agora vou colocar em prática algumas boas idéias. Vou colocar e tirar um projeto do papel e vou fazer mestrado.

No campo pessoal, estou muito bem, avalio. Só queria já ter um filho. Ou pelo menos condição financeira para pensar em ter um.

Já aprendi a olhar mais para dentro de mim. A valorizar os momentos que passo com minha família. Tenho perdido alguns preconceitos. Tenho me esforçado para assumir e tentar modificar meus defeitos. Acho que é um bom sinal reconhecer que tenho muitos defeitos. Mas isso dói.

Pensando em como sou hoje, descobri que não sou princesa. Sou guerreira. Não tenho jeitinho de boneca. Não sou meiguinha, nem docinha. Não sou encantadora, ninguém se lembrará de mim pela beleza angelical. Meu quarto não é rosinha, nem nunca foi arrumadinho.

Sou guerreira. Faço força, quero arregaçar as mangas. Falo alguns palavrões. Brigo. Não consigo ser submissa - essa palavra me irrita. Bato pé firme por minhas idéias, chego a ser intransigente, às vezes, acho. Detesto depender dos outros. Sinto ciúmes. Também choro facilmente e sei defender os meus. Sou guerreira.

Se eu fosse uma personagem de conto-de-fadas, seria a Bela, da Fera. Ao contrário das outras moçoilas, ela defende suas idéias, briga, discute e salva o príncipe.

21.3.07

TVLocal36 transmite revolução cultural

Por Shirley de Queiroz

Sob o slogan "A revolução cultural já começou", o projeto Som na Praça está sendo transmitido ao vivo pela TVLocal36 para o site www.tvlocal36.com.br. O site tem acesso livre e gratuito, e tem sido visitado por centenas de pessoas, de várias partes do planeta a cada dia.

O projeto Som na Praça é desenvolvido pela equipe da Eletroquadros - liderada por Nozinho Quadros - em parceria com a Coopmac. Os shows, com artistas conquistenses e da região, acontecem na praça de alimentação do Espaço Sebrae, na ExpoConquista 2007.















Dudu, fazendo imagens

Nomes como Lúcio Ferraz e Grupo Tampilha, Andréa Cleone, André e Mazinho, Léo Brasileiro, entre outros já s apresentaram no Som na Praça deste ano. Cerca de 30 atrações compôem o cardápio cultural do projeto. Cláudia Rizo, Forró Fi a Pavi, Jorginho Nascimento e vários outros ainda vão se apresentar.

"A iniciativa é muito importante e a transmissão para a internet amplia essa importância para o mundo inteiro", avalia o músico Lúcio Ferraz.

O músico Paulo Macedo e esta repórter


Por causa do projeto Som na Praça, o espaço Sebrae mantém um alto número de visitantes, mesmo depois de fechados os estandes. Dançando, cantando ou apenas assistindo aos shows, o público permanece até o último acorde, seja física ou virtualmente.


Zezinho, no carro de externa, cortando imagens

A TVLocal36 disponibiliza o endereço tvlocal36@hotmail.com interajam durante a transmissão.

13.3.07

Amigo imaginário

Faça um esforço. Você se lembra do seu amigo imaginário? Você teve um? Pois eu me lembro do meu, ou melhor da minha amiga imaginária. Lembro que era uma menininha, de cabelos vermelhos, quase como um desenho. Meus pais dizem que eu conversava com ela, brincava e dizia que se chamava "Belântia". Hahaha. Nem sei se é assim que se escreve, mas tá valendo.

Conheço gente que lembra e gente que não lembra dos amigos imaginários. E não encontrei na internet se é normal lembrar-se. Mas eu lembro. Tenho uma boa memória da minha infância. Lembro de coisas de quando era bebê e nem falava ou andava ainda. Depois eu conto. Mas o fato é que me lembro da amiga.

Achei na internet um site (www.psicologia.org.br) sobre o fenômeno. Pelo menos ter os tais amigos é normal e até saudável. Me preocupei com o fato de eles "aparecerem", também, em casos nos quais a criança sinta alguma perda. Disso eu não me lembro. Mas diz que "também há de se realçar que são as crianças mais sensíveis e inteligentes que desenvolvem este tipo de recurso". Pronto, descobrir por que eu tive um, rssss.

É uma coisa interessante. Minha sobrinha brincava o tempo todo com o amigo(a) imaginário(a) dela. Minha irmã era obrigada a colocar dois pratos: um pra Duda e outro pro amigo. Depois ela deixou, aos poucos, estes extremos. Mas ainda brinca e fala "sozinha". Ela faz cinco anos este mês.

Os tais amigos surgem a partir dos dois anos, e ficam no máximo, até os oito. Minha mãe diz que um belo dia, meu pai me perguntou sobre minha amiga e eu respondi: "Belântia morreu!" Simples assim, tadinha. Acho que ninguém chorou, rssss.

Mas eu ainda falo sozinha, pergunto e respondo, imagino um monte de coisas e às vezes deixo que as pessoas saibam disso. O nome do meu amigo imaginário agora é blog, rssss. Só que eu prefiro os amigos reais...

28.2.07

$$$ - Oração pela Mega-Sena


Papai do Céu,


Eu queria pedir para o Senhor para eu ganhar na Mega-Sena. Nem precisa ser muitos milhões não... Só um pouco. Pagar umas contas, fazer uns investimentos para uns sonhos acontecerem, dar umas oportunidades a quem merece... tá bom.


Eu sei que o Senhor deve receber a mesma proposta indecente todos os dias, o tempo todo. E que tem muita gente que precisa mais do que eu. E o Senhor deve estar pensando que as pessoas não sabem o que querem. Não têm consciência do que pedem.


Mas é que aqui a gente trabalha só pra dar a César o que é de César. E os Césares de agora só recebem, mal trabalham e ainda roubam! O Senhor sabe que quase 30% do que a gente consegue produzir é pra pagar imposto. E pelas orações que o Senhor escuta todo dia, já deve estar careca (com todo respeito) de saber que, por mais que a gente pague os benditos impostos, a gente pouco pode contar com as coisas para as quais eles serviriam. É duro... (isso não é palavrão não, né?)


Então deixo nas Vossas mãos. Avalie aí que eu confio de cá. Se nós aqui do mundo pudermos pagar nossas contas e manter a esperança, já estamos no lucro. Não vou dizer que vamos estar no paraíso porque isso é o Senhor que decide, né?


A gente podia ganhar na Mega-Sena em blocos. Junta um grupo mais ou menos grande, ganha. Depois outro e outro. Ninguém ganhava demais e todo mundo ficava satisfeito. E não ia valer ganhar duas vezes, pra mais gente poder ganhar...


Que o Senhor nos abençoe, ilumine nossas idéias, guie nossos dedos na hora de votar e nossas vozes, braços, olhos, ouvidos e e-mails na hora de cobrar as promessas dos Césares.


Amém!

23.2.07

Carnaval

Esse foi um carnaval diferente. Fiz uma coisa que nunca mais havia feito: fiquei em casa. Por um lado foi ruim, porque como costumo trabalhar sempre cobrindo alguma festa, esse ano não vai entrar uma grana extra. Mas por outro lado foi bom, porque curti as minhas sobrinhas.

Não tenho fôlego bastante para acompanhar o pique delas, mas cantei, dancei, dei muita risada!!


Minhas sobrinhas e meu possível sobrinho na barriga da minha irmã: Fabrine, de fraldas; Duda, mais atrás e Rebeca. Na barriga de Sheu, Isaac ou Heloísa.

15.2.07

Big Brother Jack - uma saga...

Sábado, 10 de fevereiro, 22h

A Boate Mundo de Jack está lotada. Gente de todos os tipos. Mas quem chama a atenção mesmo é uma bonita, prateada e cobiçada moto 0Km. Ela é a atração da festa. Começa agora a festa Big Brother Jack, disputa na qual o último participante a sair leva o "sonho de metal". Claro que existem algumas regras: o participante tem que permanecer dançando sem parar, não pode apenas arrastar os pés; não se pode comer nada, e beber apenas água mineral, do bar da boate; não pode usar pochete ou algo que possa esconder uma "fraude"; tem que ser maior de idade; têm cinco minutos, a cada duas horas, para irem ao banheiro (quem não conseguir espera o próximo "intervalo") e, principalmente, ter muita disposição.

A TVLocal36 começa sua transmissão e o site www.tvlocal36.com.br/ começa a dar sinais de que vai "bombar".



23h

A música alta, as luzes e a temperatura deixam o clima meio "embriagado", intensificado pelo característico cheiro de boate: bebida, cigarro e perfume.

O MSN da TVLocal36 também já está bombando...

Domingo, 11 de fevereiro, 2h

A competição começa de verdade. A partir de agora não entra mais ninguém, e quem sair não volta. Boate lo-ta-da.

É interessante notar que a disputa muda o "estilo" das pessoas que vão pra festa. As meninas estão de tênis ou chinelo! Quem já saiu uma vez na noite de Conquista, seja pra qualquer ambiente, sabe que a mulherada não dispensa um salto fino. Essa festa promete assunto...

3h

Animação. Todo mundo parece que vai ficar... A gente tenta perceber, pelo jeito das pessoas, quem deve ter chance ou não. Difícil saber, está muito cheio.

3h30

Vou pra casa, dormir. Sentada, observando, não consigo nem amanhecer o dia. Se tivesse dançando... Tadinha!

A TVLocal36 e o site continuam transmitindo tudo, com quatro câmeras, áudio e muita audiência. O povo gosta mesmo de ver os shows de realidade.

9h30

Impressionante a quantidade de gente que tem na boate ainda! É muita vontade de ganhar a moto! Os DJs já se revezeram, os ritmos também, as garrafas vazias de água mineral vão se acumulando no chão. E o povo lá, firme e forte.
Impressionante também como isso chama a atenção do público. O site da TV continua lotado, de gente assistindo ao vivo o esforço de outras gentes.

12h30

Almoço e penso no povo que está dançando sem parar e sem comer. Não sentem dor nos pés, nas panturrilhas, fome, sono, dor de cabeça? Eu sentiria. Eu tenho tanta vontade de ganhar aquela moto quanto eles? Não...

14h

No MSN da TVLocal36 (tvlocal36@hotmail.com) chega uma mensagem curiosa. "Estive lá ontem e, sem preconceito, parece que toda a periferia da cidade desceu pra lá". Sem preconceito. Será? Não tem ninguém dos bairros nobres lá? Não dá pra perguntar, tem muita gente lá ainda e não se pode encostar no "cercadinho", para evitar fraudes. Mas vamos supor que não tenha ninguém dos bairros privilegiados da cidade na disputa: dizer que alguém é da periferia é uma ofensa? É preciso explicar que a afirmação é "sem preconceito"? Desculpa, eu sou da periferia...

15h30
Ainda tem gente de tênis, mas o rapaz de camisa social já tirou o sapato, está só de meias. Tem umas meninas descalças. Penso que isso deve deixar o calcanhar arrasado. Tem um casal dançando abraçado, e o rapaz, mais alto, se escora nos ombros da mulher. Sacanagem! Ele deve ter consciência, ou ela tomou uma atitude, porque eles se afastam um pouco.
16h

Umas 50 pessoas estão dançando ainda. Fora o rapaz de camisa social, e mais uns dois ou três, os outros homens estão todos sem camisa.
16h30

Escondido atrás do cara de calção enrolado nas coxas, tem um rapaz só de sunga de banho! E de tênis. Tem uma bundinha bonitinha, uma barriga legal, e teve uma boa idéia: está com protetor de ouvidos.

Fico pensando o que passa na cabeça dessas pessoas para terem tanta superação. Será que ainda passa alguma coisa?

17h20

Tem alguém bebendo Pepsi escondido. Uma espectadora denuncia e DJ Rubinho, um dos donos da casa, confisca a latinha. O rapaz sai da disputa por vontade própria e a menina que o delatou cai em prantos. Crise de choro por ter atrapalhado a vida do sujeito. Corajosa, vai lá falar com ele. Pede desculpas e ele responde: "Esquenta não. Eu já ia sair mesmo. Meu corpo tava lá, mas minha cabeça não. Relaxe". Ela continua chorando.

17h45

O site da TV tá quase como na transmissão da Micareta ou da Semana Espírita. Será que vai bater os recordes? Dudu diz que as pessoas têm necessidade de ver outras testando seus limites. Imagino que quanto menos pessoas dentro do cercadinho do Mundo de Jack, mais pessoas estarão em frente aos seus PCs ou TVs acompanhando o Big Brother Jack.

18h

O rastafari parece que ainda não sentiu sombra de cansaço. O rapaz de óculos pediu menos, desistiu, foi embora.




19h

Os Djs se revezam: Fabinho, Rubinho, Camillo, Tony, Túlio... Fabinho diz que está com as pernas doendo. Rubinho já fumou dezenas de cigarros. E eles já foram em casa, comeram, dormiram e nem estão dançando...
20h

O intervalo para o uso do banheiro é cada vez menos concorrido. As pessoas agora aproveitam os cinco minutos para colocar as pernas pra cima ou fazer alongamento. O professor de Educação Física Edvan, de plantão na boate, diz que se tentar descansar é pior. O rapaz de bermuda branca toma a melhor decisão: deita sem conforto e levanta as pernas.
21h

O cheiro da boate é completamente diferente. Esquece o perfume! Agora é só bebida, muito cigarro e muito, muito cecê. Se pra quem tá de longe é ruim, pra quem tá lá dançando naquele cercadinho, então...

22h

São 24 horas direto, de transmissão e de dança. Os seguranças-fiscais da prova estão com lanternas na mão. Quem ficar arrastando os pés vai sair. Tem que levantar, dançar de verdade!

23h

O DJ apela: "Vocês estão ao vivo para o mundo todo! Animação!" Parece que isso vai longe, a maioria está animada de verdade.

23h30

Vou pra casa. Só de olhar estou cansada.

Segunda-feira, 12 de fevereiro, 8h

Dezoito pessoas ainda lutam pela moto. Quatro são mulheres. O rapaz de camisa social saiu na madrugada. O que estava só de sunga de banho vestiu uma bermuda.

9h30

Gente ligando pra TV, gente perguntando na rua. Quem não pode assistir no momento quer saber das últimas. "Quem saiu? Ainda estão dançando?? Quantas mulheres têm??" Sinceramente, fico espantada com tanta repercursão e tanto interesse.

Pensando nos que não podem acessar a internet no trabalho, lembro que os que estão ainda na pista devem ser todos desempregados. Ou autônomos. Quem ia arriscar o emprego assim? Hoje é segunda-feira, dia de branco, como dizia minha vó. Nunca soube de onde veio essa expressão.
10h
O rastafári dança como quem luta boxe (tipo aula de aeroboxe que se faz na academia)! Deus-me-livre! Isso é normal??
10h30

A menina de vestido roxo dança funk como se tivesse começado agora. Até coreografia ela faz, rebolando o bumbum e descendo. Mas não até o chão, porque aí também já seria demais.

11h

Edvan diz que a uma altura dessas eles não sentem mais dores no corpo. Mas vão sentir durante um mês inteiro, e no corpo todo.
11h30

Dezesseis pessoas estão na pista agora. Apenas duas mulheres
12h30

As pessoas se assustam quando digo que eles só podem beber água e não podem comer nada. Uma senhora diz que vai participar do próximo, como estímulo para perder peso (?!?!). Na realidade, eles tomaram um copo de leite, para cortar qualquer efeito de droga que eles pudessem ter tomado. Ao que parece, ninguém tinha usado o artifício.

13h

É verdade! Em média, eles devem ter perdido dois quilos cada um. Ou mais!! É o que Edvan me garante. A menina de vestido roxo e o rapaz de bermuda por cima da sunga de banho são os que mais aparentam o emagrecimento.

14h

Mais uma mulher e um homem saíram. Agora são 14.

15h

Edvan está com fome e pede pra eu comprar uma quentinha pra ele. Passo rápida e disfarçadamente para que os competidores não me vejam entrando com a comida, 'tadinhos. Não adianta nada. Dj Fábio pega a vazilha com arroz, feijão tropeiro, vinagrete e frango assado e vai mostrar aos "dançadores". Desespero total!! Eles não querem ver, mas o cheiro invade sem pedir licença. E que cheiro bom...

16h

Ninguém morreu por causa da não-comida. Estão todos dançando com um copo cheio de água na mão. Não pode beber, nem derramar. É uma das provas que estão nas regras do jogo. Qual deve ser a sensação de peso de um copo d'água depois de uma hora sendo segurado por um braço esticado??

17h

Ao vivo, no programa Sem Direção, da TVLocal36, DJ Rubinho conversa com Shaw. Conta que está torcendo pela única mulher no grupo. "Mulher é bom de qualquer jeito, né?". Mas não dá folga pra ninguém. Ela e os outros não podem parar um segundo e ainda têm que cumprir as provas.
17h15

Os competidores, já sem o bendito copo, acenam para as câmeras. Dançam pra elas. Será que se esqueceram que estavam sendo filmados o tempo todo?? De que mais eles devem ter esquecidos? Câmeras são mesmo coisas mágicas. Mexem com as pessoas.
17h30

No MSN do Sem Direção (shawdemel_2@hotmail.com) um rapaz se diz namorado da menina de roxo. DJ Rubinho diz pra ela: "Cuidado como que 'cê faz, viu? Seu namorado tá te vendo". Ela só pode dançar. E sozinha.
18h

DJ Fabinho relembra: "Tá valendo uma moto 0Km, hein?" Imagino que isso eles não esqueceram. Mas também está valendo uma TV de 29" para o segundo lugar; uma bicicleta apra o terceiro; uma TV de 20" para o quarto e um celular mais uma tatuagem para o quinto colocado.

19h

Espectadores, telespectadores e internautas são unânimes: quem chegou até aqui não desiste mais. Só sai agora se as pernas travarem. Depois de tanto esforço, sair sem nada??
20h
Oito guerreiros insistem.
20h45

Ninguém contava com isso: faltou energia na cidade toda. Os equipamentos da TVLocal36 continuam funcionando, graças a um nobreak.
21h

Na Jack, uma cena bizarra. Os especatadores estão cantando e batendo palmas para os competidores dançarem. É muito engraçado. Um povo desafinado cantando axé, funk e pagode e um povo já fraco, mas resistente, dançando. Fabinho conta que foi automático: faltou luz e os seguranças-fiscais sacaram suas lanternas, no improviso. Nada de folga! Agora a pista está iluminada pelo quê? Adivinha? Farol de moto!!! Não a disputada, claro. A organização arrumou mais duas lá.
A cena me lembra um baile de cangaceiros que meu pai ouviu nas histórias do avô dele. Diz que os cabras queriam uma festa, mas estavam no meio do mato. Aí passa um desavisado assoviando e Lampião coloca o sujeito para assoviar a noite toda pros cabras dançarem. Ai dele, se não assoviasse.

21h30

Um rapaz desiste. Não sei se as pernas ou os ouvidos travaram.
22h

Agora são 48h de Big Brother Jack. A energia volta. O som, as luzes e os internautas no MSN da TV também.
22h30

Outra cena bizarra na boate. Os sete competidores estão de olhos vendados. É mais uma prova. Dançando, sempre. Aliás, agora estão só se balançando, mas tiram o pé do chão, como devem.

23h

DJ Fabinho manda que tirem o tecido dos olhos. Pela primeira vez vejo os sete competidores parecendo zumbis. Estão desnorteados, aéreos, lerdos, parecem meio dementes. Essa prova realmente mexeu com eles.

23h05

Intervalo. E eles saem dançando! Parece que as pernas não sabem mais caminhar, só dançar. Estão cansados, são zumbis. Mas não desistem. Vão ao banheiro, bebem água, se alongam. Mas ainda são sete.

Terça-feira, 13 de fevereiro, 0h

Duas pessoas ainda vão sair sem prêmio algum. Que dureza!

4h

Os competidores vão caindo um a um. Literalmente. Depois que o rastafári desiste, o resto do pessoal perde um pouco mais de ânimo. Ele, em quarto lugar, leva pra casa uma TV de 20".





5h

Agora são só dois na pista. Um rapaz e a mulher. Nem os DJs nem os seguranças agüentam mais.
5h45

Mais uma vez uma mulher vence o Big Brother Jack. Sueli tem 25 anos e, agora, uma moto 0Km, no valor de R$ 6.780,00. O rapaz pediu menos, mas ganhou uma TV de 29".



5h50

Flashes, flashes. Paulo Ricardo está cantando "Se pudesse escolher entre o bem e o mal, ser ou não ser..." E Sueli tira fotos com Fabinho, Rubinho, seguranças...




A partir de 8h30

Quem não ficou acordado pra ver quer saber de qualquer jeito quem levou a melhor. Entre críticas e espantos, até no Orkut, comunidade de Vitória da Conquista, tem gente querendo saber como terminou.

O site da TVLocal36 ainda está bombando...
Fotos: DJ Fábio e equipe.

11.2.07

I love Photoshop (e como eu me cobro...)


Eu sei. Muitos profissionais das artes gráficas, de verdade, falam horrores do Photoshop. Mas eu não sou profissional. Sou apenas uma aprendiz-curiosa que curte muuuuito o programa.

Também conheço gente que usa o PS muuito melhor do que eu. Mas vou aprendendo. E já consegui fazer uma amiga minha emagrecer uns cinco quilos photoshopando uma foto dela...

Eu já tava pensando em fazer um post ao PS, com coisas que faço aqui pra TV, ou o que eu aprendo na internet (Aliás, o http://www.webtutoriais.com/ tem tutoriais ótimos. Não encontrei nenhum de maçã, rssss. Fiz essa do zero mesmo.) Aí resolvi tentar fazer uma maçãzinha...

Descobri que sou perfeccionista e exigente demais comigo mesma. Só parei de mexer na coitada da maçã porque me obriguei a parar. Toda vez que olho pra ela, vejo um defeito, um detalhe que podia estar melhor. Aí parei e tentei relaxar... Mas sei que podia melhorar!

Putz... Quase desistia de postar com medo da avaliação... Mas como dizia uma amigo meu chamado Raul Seixas: "Coragem, coragem, eu sei que você pode mais"... Avalie aí pra eu melhorar... Vá fundo...

3.2.07

Coisa de mulherzinha

Sam, Clover e Alex, as Três Espiãs
Demais: desenho de mulherzinha

Minha sobrinha, de quase cinco anos, estava assistindo TV, entediada. Até que, do quarto, ouvi ela gritar toda animada: "Vovô, vai passar um desenho bom agora. É só de mulherzinha!!" O desenho de mulherzinha, no caso, era Três Espiãs Demais. É bonitinho, são três adolescentes agentes-secretas, lutando contra o crime e pelos gatinhos...

Mas fiquei pensando o que quer dizer a expressão "de mulherzinha". Porque não é uma coisa de mulher, ou de menina?? Porque "mulherzinha", no diminutivo??

Tenho um primo, de sete anos, que não admite que alguém diga que ele esteja fazendo coisa de "mulherzinha". De onde vem essa expressão?

Não é exatamente uma coisa que me incomode. Mas algo me diz que deveria. Porque é uma idéia comum até entre crianças. Ser chamado de "mulherzinha" é ferir o orgulho do injuriado, mexer com seus brios. Ser "mulherzinha" - quem já brincou na rua sabe - é uma ofensa.

No caso da minha sobrinha, acho, ela não se sentiu ofendida por gostar de desenho de mulherzinha, mas me pareceu que ela estava avisando o avô: "Olha, você não vai gostar, é desenho de mulherzinha".

E me lembrei de uma reportagem que li uma vez na Revista TPM (Trip Para Mulheres). A repórter falava sobre puns, arrotos e afins. E dizia: "Vai dizer que a mulherzinha aí não faz?". O que caracteriza uma (ou um) "mulherzinha"?

Se for delicadeza, gentileza, sensibilidade, vaidade, porque a expressão soa pejorativa? Agora, se for covardia, inferioridade, fraqueza, porque se referir a isso como coisas femininas?

Por via das dúvidas, eu não sou mulherzinha. Sou mulher, ponto.

E se você não é um/uma mulherzinha, posta sua opinião aí e vamos discutir o assunto. O que faz da pessoa uma mulherzinha?

1.2.07

Por quem os sinos dobram

Nunca se vence uma guerra lutando sozinho
"Cê" sabe que a gente precisa entrar em contato
Com toda essa força contida que vive guardada
O eco de suas palavras não repercute em nada

É sempre mais fácil achar que a culpa é do outro
Evita o aperto de mão de um possível aliado
Convence as paredes do quarto
E dorme tranqüilo
Sabendo no fundo do peito que não era nada daquilo

Coragem, coragem
Se o que você quer é aquilo que pensa e faz
Coragem, coragem
Eu sei que você pode mais

Coragem, coragem
Se o que você quer é aquilo que pensa e faz
Coragem, coragem
Que eu sei que você pode mais
(Raul Seixas)
Pra frente, sempre. O mal dos humanos é dormir tranqüilo depois de convencer as paredes do quarto. Coragem, coragem: eu sei que você pode mais.

28.1.07

Todo camburão tem um pouco de navio negreiro

Acabei de ler o Rota 66, de Caco Barcellos. Junto com o Estação Carandiru, de Dráuzio Varella, formam o par de livros que, acho, todos deveriam ler.

Rota 66 vem ao encontro do que eu venho pensando a tempo. E observando. Até já tinha comentado que na micareta vi muitas revistas policiais, o que é bom, mas com um único tipo de gente. Todas, todas as vezes que vi policiais revistando alguém, eram homens, jovens, pobres e negros. O mesmo perfil das vítimas da Rota, segundo Barcellos. Ele descobriu que dos 4 mil e tantos homens mortos pelo destacamento, em duas décadas, quase 100% era inocente e estava desarmado. Alguns tinham passagem pela polícia por furto, briga de rua. Quase nenhum tinha matado alguém. Menos de dez eram brancos. Três eram ricos.

Por que as coisas são assim? Outro dia ouvi de um amigo, pessoa com um nível de escolaridade alto, que no Brasil não tem tanto preconceito assim não. Eu disse que ele não tem motivos para não pensar assim. É rico. E branco. E com certeza nunca foi parado pela polícia enquanto passava na rua. Mas conheço gente que é suspeito - e é parado pela polícia regularmente - porque é pobre e preto. Gente que nunca fez nada, nem uma briga de rua. Menino que trabalha todo dia no pesado. Mas tá na cara que é ladrão. Que porra!

Acho que a polícia age de acordo com a sociedade que tem. E quero acreditar que essa polícia é uma minoria. Quero mesmo. Mas enquanto lia o livro, alguém visitou meu orkut e fui lá ver. Puta-que-o-pariu: era um cara da Rota!! Juro que não acreditei. Mas ele tinha foto da insíginia, a mesma da capa do livro, e várias outras no mesmo estilo. Me assustei com o jeito do cara. De justiceiro, mesmo. Cheio de frases da Bíblia, pra justificar a missão divina. Será que todos eles pensam assim? Que são enviados para perseguir e matar quem, para eles, parece bandido?

Tenho muito mais a falar sobre isso. Mas está passando um filme na televisão sobre essa relação toda: Uma onda no ar, de Helvécio Ratton, inspirado na história real da Rádio Favela, de Belo Horizonte. Eu vou assistir. Ah, é TV fechada, TVLocal36.

27.1.07

Eu também tenho foto no google, argh



Taí, fiquei curiosa e fui lá ver se eu também tinha foto no google imagens. Não é que tenho?? E o engraçado é que a foto do lado tem a legenda Pomba-Gira. Consegue ver?? Eu mereço!!!

Na web, minhas referências são só pra este blog.

Que viagem isso. Tenho orkut, com perfil completo, tenho blog com meu nome verdadeiro, tenho informações minhas no site da TVLocal36, e quando vejo meu nome e foto no google fico cheia de neuras. Eu, hein?

19.1.07

Manias

Invejando de Michele que invejou de alguém, faço minha lista das 7 manias. Ressalto, porém, que elas não estão listadas por ordem de importância. Ou por qualquer outra ordem...

1) Mania de me atrasar. Às vezes fico com vergonha disso;
2) Mania de trabalhar sobre pressão. Deixo as coisas sempre para a última hora;
3) Mania de pensar que as coisas sempre podem e vão melhorar;
4) Mania de falar sozinha. Pelo menos em pensamento, converso comigo mesma o tempo todo;
5) Mania de tentar me adiantar ao que as pessoas estão falando. Quando é uma pessoa que fala devagar demais, então;
6) Mania de ler até rótulo de Ketchup;
7) Mania de me olhar no espelho...

Deixei reticências porque existem várias outras mais. Então, convoco você que me conhece para postar pelo menos uma mania que já notou em mim. Pode ser boa ou ruim. As boas eu mantenho, as ruins tento corrigir. Ou não...

12.1.07

18 anos


Aí eu estava aqui na TVLocal36 mostrando pra todo mundo o post abaixo, para que eles se orgulhem também. Nessa hora me chega Moisés, o Sr. Hero Fire do orkut (que eu juro que não sabia quem era, rssss). O moleque tem 18 anos, ainda tem espinha e é amigo do meu irmão, mas tem uma BIBLIOTECA IN-CRÍ-VEL!

Eu fiquei arrasada! Primeiro porque ele tá lendo "Marca", que analisa todas as marcas mais brilhantes do país e como elas foram criadas. E eu não li. Depois porque ele tem, ele comprou, todos os livros que eu quero ler! Ahhhhh!!! 18 anos. O menino tem 18 anos e é amigo do meu irmão. Dá pra acreditar??

De Érico Veríssimo a Bruna Surfistinha. E Machado de Assis, claro. Ah! Ele leu tudo. Alguns mais de uma vez. E desfiou um rosário de livros que ele tem, desde que começou a comprar...

Então, dessa vez, o orkut levou uma goleada. E eu fiquei feliz por isso, mas tive que ir lá pegar uma foto de Sr. Hero - com Nuna, (linda ela e um doce d menina) - para ilustrar.

Aproveito a deixa para avisar aos meus amigos, com antescedência, que o meu aniversário é no dia 18 de março. E, como sou uma jornalista com uma biblioteca pífia, aceito livros como presente de aniversário... ;) Vale de tudo, menos auto-ajuda e Paulo Coelho.
Vou me sentir melhor...

10.1.07

Machado 1 x 0 Orkut


Eu sempre digo: Machado de Assis é o cara. E é mesmo. Pra mim, ele é o melhor escritor brasileiro de todos os tempos. E olhe lá se não for o melhor do mundo. O que eu não sabia era que ele fazia milagres...

Meu irmão mais novo é absolutamente fissurado em internet. Orkut, Msn, blog, fotolog, tudo. Ele é capaz de bater-papo com 20 pessoas no messenger ao mesmo tempo. Fica a tarde inteira no trabalho colado na internet e, quando sai, vai pra algum lugar entrar na internet.

Pois bem. Qual não foi a minha surpresa ao chegar em casa e encontrá-lo com um dos meus livros de são Machado de Assis nas mãos?!?!. Ele estava lendo Quincas Borba!! E a prova esta aí. Matando o trabalho para ler. Momento devidamente comprovado e guardado para a posteridade.

Viva Machado!!

Ps.: Quincas Borba é muito bom, mas o meu preferido é Memórias Póstumas de Brás Cubas. É dele a frase - "Não, alma sensível. Eu não sou cínico, eu fui homem!" Per-fei-to!

Ps.2: Foto de Dudu, pra variar!

6.1.07

Civilização


Outro dia estava lendo uma dessas revistas de celebridades que a gente lê quando está no salão de beleza (Aliás, cortei o cabelo quase chanel. Néia me convenceu a cortar menos do que eu queria e Dudu disse que se tivesse cortado mais teria ficado mais legal...) Mas voltando ao assunto, nessa dita revista tinha uma matéria sobre um casal de famosos que se separou. Ohhh! Que novidade!! Já ia passando direto quando percebi o tom de surpresa pelo fato de que os dois separados continuavam amigos. Aí eu pensei: a surpresa não deveria ser se não continuassem??

A matéria questionava como a moça continuava sendo amiga do cara com quem casou, teve um filha e se separou. Puta-que-o-pariu! Ou o mundo está errado ou eu que estou. O normal seria que eles se tornassem inimigos? Eles tinham que ficar protagonizando cenas de barraco na frente da criança?

Na minha cabeça, duas pessoas adultas, que se consideram capazes de criar um filho, devem ser, no mínimo, capazes de resolver suas diferenças, manterem o respeito e a amizade. Não que me importe com o que fazem os tais famosos lá. (Acho que eram Cíntia Benigni e André Gonçalves. Se não me engano, era uma revista velha...rssss). Digo isso porque as pessoas acham um absurdo quando sabem que eu convivo normalmente com a ex-mulher do meu namorado. "Ave Maria, se fosse eu, não queria vê-la nem pintada"."Se fosse comigo, ele nem ia lá". É, acho que o mundo é que está errado.

Me desculpe se você pensa que terminado um relacionamento a amizade não pode sobreviver. Na minha opinião você é chucro, atrasado e falta muita evolução para ser civilizado. Meu namorado tem dois filhos e uma ex-mulher com quem foi casado por oito anos. As diferenças entre eles, eles resolvem e a amizade continua. E os filhos... Poxa, vão ser sempre filhos. Eles têm mais é que conviver mesmo, ter um bom relacionamento! Quem quer que diga algo em contrário está errado, redondamente enganado.

Outra coisa que incomoda são as amigas que abraçam, brincam com o namorado, mas só quando a namorada não está por perto. Já aconteceu várias vezes: "Ah, Du, pára. Não me abraça não, porque sua namorada está ali..." Isso não é respeito. Isso é falsidade. Quer dizer que se eu não estivesse poderia fazer de tudo, né? Esse tipo de mulher não é o que se considera de respeito. Pra não dizer coisa pior. Meu namorado tem amigas e eu tenho amigos e somos verdadeiros com eles na presença ou na ausência.

Portanto, "amigas" se dêem ao respeito e tratem os namorados - com ou sem namorada por perto - do mesmo jeito.

Nos dois casos, civilização, minha gente! Civilização!!

Ps.: Foto de Dudu, claro, mostrando meu cabelo novo. Du, te amo. Você me faz sentir linda... rsss. Junto com essa, teve um verdadeiro ensaio, mas, infelizmente, não posso mostrar para todo mundo...

3.1.07

Rua 7, 348


"Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial. Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão. Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui para diante, vai ser diferente". (Carlos Drummond de Andrade)

Impressionante como a noite de reveillon tem esse poder de fazer as coisas realmente parecerem novas. Quando se passa a virada de ano na praia, então, as coisas se tornam especiais...

Nunca gostei de ficar em casa nessa noite. Sei lá, me dá uma tristeza, minha mente passeia por pensamentos ruins. Nessa noite eu preciso fazer algo especial, não tem jeito. Nem é pela folia, é pra me distrair mesmo, é pra acreditar no milagre da renovação.

30 de dezembro, Conquista-Jóia. Viajar com Dudu a passeio não é muito comum, mas é muito legal... O pessoal da rua 7, 348, foi super legal também. Principalmente a Silvana, o Arthur e tio Mário. Gente que eu só conhecia de nome.

31 de dezembro, praia, sol. Minha barriga tá ardendo até agora, mas tô moreninha... Tudo muito legal, as coisas "ordinárias" a gente esquece! Eu sei que toda meia-noite é o começo de um novo dia, mas essa meia-noite deixa as pessoas mais unidas, esperançosas, românticas até! Aliás, a noite tava linda: mar, lua, estrelas, abraços...

01 de janeiro de 2007! Voltemos pra casa e comecemos um novo ano. Um novo calendário. Uma nova força. Quem criou o dia de Ano Novo não é só um gênio, é um mágico!!

Ah! A foto, pra variar, foi Dudu que fez. Foi no fim da tarde do último dia do ano...