29.6.09

Palavras... erradas III

Toda vez que eu vou no Bom Preço num hipermercado que tem aqui, eu vejo uma barbaridade. Atentados violentos ao bom português. Dessa vez foi o Iogurte:


20.6.09

Uma faísca no fim do túnel

Depois da porrada, a estratégia. Vários dos meus colegas de profissão - aqueles que estudaram para isso - começaram a pensar na reação que poderiam ter.

Recebi por e-mail a seguinte mensagem:

"Helô* e Shirley, vamos realizar uma telereunião da Fenaj sobre o diploma na segunda-feira para começar a reiniciar nossas atividades. Depois da porrada, no dia seguinte a executiva se reuniu e marcou reunião com os presidentes dos sindicatos. Vamos investir em várias frentes, mas não podemos continuar a agir sozinhos porque não fomos ouvidos porque nos calamos em massa. Beijos e força
Marjorie**"

*Helô é Heloísa Sampaio, ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas da Bahia, hoje assessora de imprensa da Rede de Ensino FTC.
** Marjorie é Marjorie Moira, do Grupo A Tarde.

E essa notícia, que trouxe um pouco de esperança, eu vi ontem na internet:


Miro Teixeira deve propor projeto para regulamentar a profissão de jornalista

RIO DE JANEIRO - O deputado federal Miro Teixeira (PDT-RJ) afirmou nesta quinta-feira que poderá propor ao Congresso um projeto de lei para regulamentar a profissão de jornalista, após ouvir os representantes da sociedade civil e entidades do setor.

(...)

-Temos que verificar, nos votos dos ministros do Supremo, onde estão os focos da inconstitucionalidade e aí suprimi-los, para construir uma regulamentação profissional, o que está amparado pela Constituição - disse.

Segundo o parlamentar, a decisão do Supremo não levou em conta a evolução das profissões. Ele citou como exemplo a advocacia.

- Os advogados, antigamente, para atuar nos tribunais, não precisavam de diploma. Depois, havia o diploma, mas não o exame da Ordem. Em seguida, além do diploma, passou a ser necessária uma prova duríssima na OAB - explicou Miro.

A construção de uma lei regulamentando a profissão também é defendida pelo presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Maurício Azedo.

- A Constituição diz que é livre o exercício das atividades profissionais no país, na forma estabelecida em lei. Se o questionamento é sobre um decreto-lei da ditadura, agora, sob o império e o abrigo da Constituição de 1988, é possível fazer outra lei para legitimar essa exigência do diploma - afirmou Azedo.

(...)

Para o professor de comunicação, autor de vários livros sobre jornalismo e atualmente presidente da Biblioteca Nacional, Muniz Sodré, a decisão do STF beneficia principalmente os donos de empresas.

- Não concordo com a tese de que estavam defendendo a liberdade de expressão. Foi uma desconsideração do Supremo com a importância da atividade jornalística - afirmou Sodré.

(..)

Veja o texto completo.

18.6.09

(*#$&*%&#*@(#

Eu tenho vários assuntos para postar aqui. Gosto de fazer as pessoas pensarem, rirem e tal. Mas hoje tô com um nó na garganta, compartilhado por todos os meus colegas de profissão.

Por oito votos a um, o Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou a exigência de diploma universitário para o exercício da profissão de jornalista.

A vontade que eu tenho é de gritar e escrever milhares de palavrões, os mais escabrosos posssíveis, e insultar os senhores juízes de formas irremediáveis e que os atribulasse para os restos das vidas deles. Afinal, tudo em nome da não-censura né?

O argumento dos filhos de chocadeira é de que todos tem direito à livre expressão. Mas pelo-amor-de-Deus, quem cobrou diploma para o cara expor sua opinião? Ninguém precisa de diploma para expor sua opinião. O trabalho do jornalista é justamente o CONTRÁRIO. Expor a NOTÍCIA em detrimento da sua opinião.

Ninguém NUNCA disse que quem não tem diploma não pode expressar-se. Porque há uma coisa chamada colaborador. Uma crônica, um artigo tem espaço no jornal e pode muito bem ser escrito por outro profissional. Mas a matéria, a reportagem exige uma técnica que tem por suporte toda uma teoria...

Técnica e teoria a gente aprende na universidade. Tudo bem que o cara sabe escrever bonitinho. Mas e as relações sociais e filosóficas que permeiam a comunicação? E as teorias que acendem uma luz sobre como redigir um texto? Porque escolher esta palavra e não aquela? Como isso pode influenciar na interpretação da notícia? Como escrever corretamente e de forma que os leitores - de todos os níveis sociais - entendam? Como fazer para que a notícia sobressaia à opinião do jornalista? Jornalista???

Outras perguntas:

Se eu estudar as leis, o código penal e tal, na minha casa, posso ser advogada??

E dizem que os cursos superiores de jornalismo não vão acabar. Quem vai fazê-los? Os filhos dos invertebrados anencéfalos chamados ministros??

O chefe da empresa pode escolher uma pessoa diplomada em vez de um cara com ensino médio. Mas porque ele faria isso?? Quem está preocupado com qualidade?? Os ministros??

Porque o filho da puta comparou o jornalista ao cozinheiro quando disse que nenhum dos dois precisa de diploma para fazer o que fazem? Ele é idiota ou o quê? Nada contra os cozinheiros. Aliás, seguindo sugestão do meu amigo e colega Tijolo, vou abrir um restaurante. Sem formação nenhuma para isso, vou convidar o babaca do ministro para uma refeição...

Para que existe a internet, senão para a livre expressão? Os blogs estão aí e ninguém precisa ter feito faculdade para colocar a boca no mundo. Mas daí a chamar qualquer coisa de jornalismo...

Uma última pergunta. Não há mais esperança??

Ps.: Eu tinha mais um monte de coisa pra falar sobre isso. Eu tenho muito mais indignação para postar aqui. Mas para essa indgna nação: Vá pra puta-que-pariu!

13.6.09

Palavras... erradas II

Num conhecido hipermercado em Vitória da Conquista. O povo da Wal-Mart não deve saber disso...

Alguém me explica o que são "palenas"? E "aprelhos"? Só faltou colocar "vrido", para completar...

Os expositores são "monitorado", mas o texto não...