29.11.07

Os blogs estão mudando o mundo

Participei de um seminário outro dia, com os palestrantes Marcos Palácios e Alex Primo: "Navegando nos mares da interatividade". Lógico que eu adorei participar, por diversos motivos - estudei interatividade na monografia da pós; trabalho numa TV (www.tvlocal36.com.br) que transmite toda sua programação ao vivo para internet; tenho um blog; sou jornalista, etc.

O interessante foi perceber como os blogs estão mudando o mundo. Sem exagero. Em que outro período da história tanta gente teve o poder de expressar suas idéias e opiniões sem atravessadores? Ao longo de toda a história da humanidade um falava e os outros ouviam. Depois um escrevia e os outros liam. Depois um transmitia e o resto recebia. Agora todo mundo fala o que bem entender, e fala pra todo mundo!

Eu acho isso maravilhoso. Como diz o rapaz de um filme que vi recentemente, "estamos vendo a história acontecer". Mas há dois "poréns". O primeiro é saber o que faremos nós com tanta informação. Precisamos de tanta informação? É bom lermos direto da fonte, conhecer o modo de vida das pessoas, ter acesso ao que é necessário, sem que nos digam o que podemos ou não conhecer. Desde que cuidemos para que o excesso de estímulo não derreta nosso cérebro (aqui você ouve uma risada de bruxa e se sente num filme de ficção científica futurista em que todos nós somos bitolados e infelizes).

O segundo "porém" diz respeito à classe e à profissão de jornalista. Senti que alguns de meus colegas presentes (o seminário foi na FTC Salvador) manifestaram insegurança quanto à manutenção de seus status no "nosso belo quadro social". Afinal, quem precisa de jornalista quando se pode ir direto no blog ou no site e obter a informação? Mesmo que seja um acidente, há sempre o portador de um celular com câmera e um titular de blog presentes.

Aí eu penso: qual é a função de um jornalista? O que eu tenho de diferente das outras pessoas que vêem o mesmo fato acontecendo? A minha diferença profissional deve ser a capacidade de entender as entrelinhas, interpretar com responsabilidade e transmitir com fidelidade. O jornalismo produz conhecimento porque organiza a informação em sua forma de discurso. Conhecimento é a informação organizada. O jornalista precisa contextualizar, criticar buscar outras nuances que não a informação oficial. Eu, jornalista, tenho que assumir essa responsabilidade. Eu, titular de blog, posso fazer isso ou não. Posso simplesmente dizer o que eu acho e acabou, oras.

Por isso vejo, em lugar do aumento da concorrência profissional, o aumento do campo de trabalho profissional. Por mais que blogueiros tenham tino jornalístico e "jornalistas" sejam simples blogueiros. O que diferencia as pessoas não é saber usar as ferramentas, é saber usar bem, é o talento e o conhecimento. Espero somente que no final do filme de ficção científica futurista nós, público, aprendamos enfim a consumir a informação.

Ps.: Para quem quiser saber mais sobre Marcos Palácios o blog é www.gjol.blogspot.com
O de Alex Primo é www.alexprimo.com

12.11.07

Caio




É a segunda foto do meu bebê. Mas é a primeira depois de saber que será Caio!

A ficha está começando a cair agora. Porque não senti enjôo, nem excesso de saliva, essas coisa nojentas de mulher grávida, que deixam as coisas definidas. Só sinto sono. E, agora, dor de cabeça - forte e constante. Mas que fique claro: Não estou reclamando, só relatando.

Meu filho será Caio, que significa Alegre, Feliz, Contente. Vai pegar as primas todas. Ele já nasce com 5 na lista: Duda, Helô, Rebeca, Fabrine e Pâmela. Fora Camila (de Jôse) e Ana Júlia (de Iara), que estão em 2º grau - mas não em 2º plano, né mamãe?

Ainda acho diferente falar "mamãe". Tenho medo de falar "titia", como falo com as sobrinhas todas. Mas, agora, a ficha vai cair. Caio está chegando!