20.6.09

Uma faísca no fim do túnel

Depois da porrada, a estratégia. Vários dos meus colegas de profissão - aqueles que estudaram para isso - começaram a pensar na reação que poderiam ter.

Recebi por e-mail a seguinte mensagem:

"Helô* e Shirley, vamos realizar uma telereunião da Fenaj sobre o diploma na segunda-feira para começar a reiniciar nossas atividades. Depois da porrada, no dia seguinte a executiva se reuniu e marcou reunião com os presidentes dos sindicatos. Vamos investir em várias frentes, mas não podemos continuar a agir sozinhos porque não fomos ouvidos porque nos calamos em massa. Beijos e força
Marjorie**"

*Helô é Heloísa Sampaio, ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas da Bahia, hoje assessora de imprensa da Rede de Ensino FTC.
** Marjorie é Marjorie Moira, do Grupo A Tarde.

E essa notícia, que trouxe um pouco de esperança, eu vi ontem na internet:


Miro Teixeira deve propor projeto para regulamentar a profissão de jornalista

RIO DE JANEIRO - O deputado federal Miro Teixeira (PDT-RJ) afirmou nesta quinta-feira que poderá propor ao Congresso um projeto de lei para regulamentar a profissão de jornalista, após ouvir os representantes da sociedade civil e entidades do setor.

(...)

-Temos que verificar, nos votos dos ministros do Supremo, onde estão os focos da inconstitucionalidade e aí suprimi-los, para construir uma regulamentação profissional, o que está amparado pela Constituição - disse.

Segundo o parlamentar, a decisão do Supremo não levou em conta a evolução das profissões. Ele citou como exemplo a advocacia.

- Os advogados, antigamente, para atuar nos tribunais, não precisavam de diploma. Depois, havia o diploma, mas não o exame da Ordem. Em seguida, além do diploma, passou a ser necessária uma prova duríssima na OAB - explicou Miro.

A construção de uma lei regulamentando a profissão também é defendida pelo presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Maurício Azedo.

- A Constituição diz que é livre o exercício das atividades profissionais no país, na forma estabelecida em lei. Se o questionamento é sobre um decreto-lei da ditadura, agora, sob o império e o abrigo da Constituição de 1988, é possível fazer outra lei para legitimar essa exigência do diploma - afirmou Azedo.

(...)

Para o professor de comunicação, autor de vários livros sobre jornalismo e atualmente presidente da Biblioteca Nacional, Muniz Sodré, a decisão do STF beneficia principalmente os donos de empresas.

- Não concordo com a tese de que estavam defendendo a liberdade de expressão. Foi uma desconsideração do Supremo com a importância da atividade jornalística - afirmou Sodré.

(..)

Veja o texto completo.

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